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terça-feira, 18 de junho de 2013

E ai, Brasil?

Aqui em terra de ninguém, ultimamente, não tem sido fácil. O Brasil produz toneladas mas não tem condições de entregar no prazo por conta do transporte falho. A estrutura deficiente de ferrovias e portos do Brasil faz o país desperdiçar BI'lhões. Para resolver parte do problema seria preciso um investimento de 28 milhões. Mas é melhor investir 5 vezes mais num estádio pra receber 1 ou 2 jogos importantes, se é que são mesmo. Investe-se bilhões em outro sem saber mesmo se vai ser útil pra copa do Mundo - e que se dane a copa do mundo, diga - se de passagem. Estádio Mané Garrincha, Maracanã, tomate, arroz, Dilma e seus adjacentes são retrato da vergonha deste país. O manifesto não é pelo aumento da passagem, pela falta de hospitais- disso a gente já tá farto. É sim pela falta de vergonha na cara de quem assume o poder deste país, que, apesar de rico, se torna pobre diante de tanta falha desumana. A gente tem petróleo. A gente tem um contingente populacional jovem, e produtivo, e boa parte desta população habilitada e capacitada. É uma riqueza tamanha na boca do lixo. É povo ignorante que não sabe expor seus direitos na hora certa: na boca da urna. Usem sim da força, da gritaria, mas saibam que antes disso toda mudança vem da gente mesmo. Sejamos inteligentes, o Brasil não aguenta mais abrigar bobos, vândalos e burros. Sejamos coerentes. Somos quase 200 milhões contra algumas dezenas que ocupam o Congresso Nacional. Acredite, a gente dá conta.

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

O Prazer da Paz Interior

Conversando muitas vezes com uma das minhas melhores amigas, notava que ela sempre dizia: queria ser como você. Ai eu me perguntava: ser como? Ela me intitula como uma mulher forte, decidida e impulsiva, e na maioria dos casos, sem sentimento de culpa alguma. Parei pra pensar que eu poderia estar me tornando um monstrinho, por não ter um pouco de sensibilidade. Ta aí, acho que me falta sensibilidade diante de algumas situações na minha vida. Acho que é excesso de racionalidade. Isso não quer dizer que não tenho coração, aliás, tenho demais. Sou muito apaixonada quando quero e carinhosa ao extremo. Mas quando alguma coisa mexe com meu estado de espirito, minha paz interior e meu bom humor eu já dou um jeito de alguma forma. Aí que a minha racionalidade excessiva entra em cena. Sou do tipo que não troco minha paz interior por nada nesse mundo: nem por amor, nem por paixão, nem por dinheiro nenhum. A gente nasceu sozinho, vai morrer sozinho, e pra ser feliz você só precisa de você e mais nada. Essa história de que você é feliz por que tem isso, ou porque tem aquela pessoa, é mentira. Primeiro porque ninguém merece estar responsável pela felicidade de outro alguém  imagina que caos seria. E outra que isso é só um passo para o abismo da decepção. Pessoas se decepcionam porque deixam se decepcionar. Esse negócio de "eu nunca esperava isso" é invenção. Sabia sim! Só que a cabeça racional não funcionava  quando a sua felicidade dependia de outra pessoa. Deixa disso. Amores vem, amores vão. Não se ama só uma vez na vida. Isso é ladainha. Você amou o José, que foi seu primeiro namorado. Amou o João, que conheceu na sua viagem no exterior. E ama o Jorge, que hoje é seu marido. E vai poder amar quantas vezes mais forem necessárias pra seguir uma vida inteira. Ama uma, duas, três vezes, ou mais. Você ama a sua felicidade e o que te faz bem. Assim como felicidade, amores também são passageiros. Agora sua paz interior não pode ser passageira. Mantenha ela intacta dentro de você, mesmo que pra isso seja necessário abrir mão de muitos amores. O amor que é seu hoje, pode ser de outro amanha. Mas a sua paz, é só sua, e não vai ser de mais ninguém.

Por Natália Arantes

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

E se todo mundo pensasse e agisse igual?

Foi revendo os conceitos de relacionamento entre pessoas (não digo somente entre homem e mulher) que cheguei nesse pensamento óbvio: como é difícil se conciliar com a gente mesmo. E se assim é, imagine então que situação quase insuportável seria se conciliar com outro alguém. Só não é insuportável por completo quando esse outro alguém é importante no dia a dia da vida da gente. Ai você assiste aquela cena que te deixa chateada, mas não comenta. Ou comenta. Ai chega a conclusão que o outro alguém não pensa como você, ou simplesmente não entende nada do que você quis dizer. Ai você se irrita, não compreende e prefere dar as costas. O outro alguém, por outro lado, se irrita ainda mais. Razão por razão, cada um tem a sua. Ai a bagunça tá feita, foi cada um pra um lado. Não antes de dizer umas poucas e boas e magoar, na maioria das vezes. Mágoa essa que passa, mas que não deixa de ferir. Hoje, conversando com um amigo no vôo de Belém até o Rio de Janeiro, entendi um pouco o motivo da inconciliação: falha na comunicação. Quanta inconstância. Cada um de nós passou a vida aprendendo o que é certo, o que é errado, o que se deve ou não fazer. Mas nas entrelinhas, cada um cria o seu modo de agir, de se comportar, de achar ou não aquele tipo de situação normal e suportável. Cada um, do seu modo. Quando duas pessoas se cruzam e iniciam um jogo de convivência é que as entrelinhas são divulgadas. Um jogo que se inicia. É colocado no tabuleiro os sentimentos mais complexos do ser humano: a paciência, a raiva, a impulsividade, o amor. Difícil é agir de forma sensata diante de todos esses sentimentos quando estão em jogo. Difícil, mas dá pra aprender. Acredito eu que, até o fim da minha vida, não vou ter aprendido toda forma certa de agir diante de qualquer inconciliação. Afinal, o que é certo? Não existe o certo pra todo mundo. Cada um tem a sua razão e age diante da sua certeza. É por esse motivo que o jogo nunca acaba. O que acaba é a paciência pra lidar com pessoas tão diferentes de você. Acaba a razão. Jogo esse que foi feito pra acabar com a paixão, com o amor. Acaba porque ninguém quer jogar até o final. Prefere deixar os dados na mesa reiniciar um outro jogo mais fácil, quem sabe. Porque tentar se encaixar no outro é mais difícil e desistir dá menos trabalho diante de tanta inconstância.  Virar as costas e se orgulhar da sua própria razão não funciona nesse caso. Querer uma explicação do inexplicável, também não adianta. Temos que esquecer tudo que criamos nas entrelinhas e nos (re)moldar. Não é fácil, não é simples, mas dá pra fazer. Você eu não sei, mas eu quero jogar esse jogo quantas vezes forem necessárias, até o final. Pelo menos até o adversário resolver desistir. Não tô aqui pra ganhar do adversário. Tô aqui pra chegar com ele até o fim.

Por Natália Arantes

segunda-feira, 11 de junho de 2012

"Melhores Amigos"

O dia de hoje foi criado por comerciantes paulistas um dia antes do dia do santo casamenteiro. Faz sentido. Hoje é dia dos namorados que namoram, que ficam, que são casados, dos amantes e das amizades coloridas.  Li num site de enciclopédia que namoro é a concretização do sentimental, e comecei a imaginar o que seria o sentimental: Amor? Carinho? Respeito? Paixão? Lealdade? Fidelidade? Acho que essas 'categorias' podem juntas definir essa analogia. Mas nem todo namoro tem esse pacote completo do 'sentimental'. Existem casais que se amam, mas que não são apaixonados. Existem casais que são apaixonados, mas não são fiéis. O pacote incompleto eu particularmente não definiria como 'namoro', talvez como 'relação'.  Relação é afinidade, simpatia, intimidade. Namoro é mais...  é troca de confidência, é admiração, é química. Namoro é ciúme, é discutir a relação, é briga pela internet e reconciliação por ela também. Namoro é mensagem inesperada de madrugada, é porta retrato ilustrado. É se apaixonar e conquistar diariamente. Não é facil, mas é gostoso ter com quem contar, e com quem brigar e fazer as pazes, na mesma hora. Quero desejar feliz dia para os casais sentimentais que obtém o 'pacote completo'. Feliz dia para aqueles que lutam para conquistar diariamente um casamento. Feliz dia para os veteranos e os novatos do mundo do amor. Feliz dia dos namorados para aqueles que não parecem que são namorados, mas são. Porque melhor que namorados são aqueles que conseguem ser melhores amigos.

Por Natália Arantes

quinta-feira, 7 de junho de 2012

A Fraqueza do "Forte"

É tão engraçado lembrar da nossa personalidade no auge da adolescência. É certo que algumas pessoas permanecem até o fim com umas características porque são irredutíveis mesmo. Eu sou do tipo completamente redutível, se alguma coisa me aflige , me faz sentir mal por algum motivo, eu repenso as atitudes e imediatamente faço o que acho melhor pra mim mesma. Vou dar um exemplo claro de fraqueza: o orgulho. Se voce não é adolescente e é uma pessoa orgulhosa, sinto dizer: voce é uma pessoa fraca. Por tempo pensei que fosse uma pessoa forte o suficiente porque queria mostrar aos outros que não me importava muito com algumas situações, quando no fundo o que eu mais queria era ligar pra aquela amiga e pedir desculpas. Dar um abraço no meu irmão e dizer que errei. Mas não, o orgulho me fazia pensar que ser forte era ignorar toda essa humildade a ponto de magoar não somente a mim, mas aos outros.  É como querer transmitir uma certa indiferença, uma fortaleza, quando na verdade eu estava transmitindo soberba e arrogância. E desde quando isso é bom? Tive que magoar muita gente pra finalmente enxergar e sentir o mal que o orgulho trás.  Hoje nada me impede de querer fazer o que eu quero sem me preocupar com nada. Se errei peço desculpas. Se quero ligar pra dizer que to com saudade, pouco me importo. Dou o abraço que tenho que dar e peco perdão se necessário. Afinal, pedir ou conceder o perdão não nos exige nada que não podemos agüentar. O orgulho mata pessoas e sentimentos.  Dá logo aquele abraço que você tanto quer mas que não tem "coragem". Peca desculpas, ou perdão, o que for necessário. Situações mal resolvidas afetam outras áreas da  nossa vida, e ela é boa e curta demais pra perder tempo. Seja forte sendo sensível e humilde. Orgulho é coisa de gente fraca. 

Por Natalia Arantes

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Pele

Pele é um bicho engraçado . Essa frase eu li num texto do grande Arnando Jabour onde ele fala de química , amor, paixão e desapego. Acho fantástico esses quatro ingredientes juntos num texto só, mas lendo optei por falar da química , pelo menos agora. Afinal tem tudo a ver com a frase que iniciei. Pele é bicho tão engraçado que te faz pensar que o que parecia improvável tem toda chance de acontecer. Tanta chance que é o que mais anda acontecendo por aí. Você conhece aquela garota linda, corpo escultural, pele incrível. Ela ate te encanta no primeiro encontro, mas só a beleza dela não é suficiente pra sustentar um segundo, terceiro encontro , muito menos uma paixão. Você conhece aquele rapaz, de boa família,  paquera por meses, e quando tem a chance de conhecer ele não sabe falar de outra coisa que não seja festa e não sabe levar na mão outra coisa que não seja uma lata de cerveja. Não há quem suporte uma companhia dessas por muito tempo. Não uma boa mulher .No trabalho ,você  vive rodeada de tarefas que nem percebe que o grande homem pode estar li, no meio daquela papelada, atrás de algum balcão que por algum motivo não te chamou atenção. Ah mas quando a pele é forte alguma coisa há de chamar essa atenção. É preciso um olhar, uma palavra. Sei lá, alguma coisa que desperte o interesse. Os maiores romances nascem das mais improváveis situações. Pode pensar aí como foi conhecer a grande paixão da sua vida. Você esta lá , numa festa, rodeada de amigos do trabalho, e de repente aquele cara que vive atras das papeladas  te chamou a atenção. Mas aí você pensa " Não, imagina. Não tem nada a ver. Ele nunca olhou pra mim, e olhando assim ele não tem nada a ver comigo".E vai mais um drink pra tentar entender porque esse interesse repentino. E a coragem?Se for burrada, a culpa foi da bebida. Mas pele é tão forte que você beija esse cara sem notar como. Quando viu já foi. Aí pronto , ta feito. Se o beijo combinar já é cinqüenta  porcento do caminho andado. Se o papo for bom você ganha aí mais vinte porcento da chance de dar certo. Vocês riem juntos o tempo todo? Pronto, ta começando a preocupar. Aí é só mais um passo pra nascer mais uma grande paixão . Nascer daquele jardim que você nunca depositou um pensamento e confiança. Se a química é boa, resta cultivar o jardim do improvável para que a paixão permaneça mais que o amor. Porque amor é carinho e dedicação. Mas paixão, ah... Paixão é química, é pele. Chega ser desorientador. Só que faz bem. Mais importante que cultivar o carinho, é necessário ter a química pra erguer uma relação. Os maiores amores acabam não por falta de amor, mas por falta da paixão. O sentimento avassalador, quente , de pele. Do improvável sempre nascem as melhores histórias e melhores paixões. Cultive , regue. O jardim pode ser lindo pra sempre, só vai depender de quem cuidar dele.

O Medo do Novo

O que é novo sempre intimida, amedronta, dá aquele friozinho na barriga. Mas o que é novo tem que vir para abrir caminhos. Ai você conhece pessoas novas, histórias novas, uma vida nova. As piadas velhas já não têm mais graça. O que é velho fica empoeirado numa prateleira. A gente não joga fora, mas fica ali, num cantinho, guardadinho. Vira e mexe a gente vai lá e bate a poeira, e relembra, mas volta a vida normal. A vida nova que Deus escolheu pra gente. Os amigos novos que Deus nos concede a cada dia. Pessoas que entram e saem da nossa vida, mas que sempre vai ter uma ou outra pra fazer aquela diferença danada. Ai você compreende porque foi necessário essa mudança, essa inovação. Mas passa o tempo, e o que é novo hoje um dia vai se tornar velho, e mais uma vez você vai ter que aprender a deixar de lado o que é velho  e viver mais uma vez a novidade que amedronta e intimida. Sabe aquele frio na barriga? Sempre vai dar. Um dia quem sabe a gente aprende a conviver com as mudanças que Deus prepara pra gente. Mas sentir o frio na barriga é bom porque surpreende, motiva e supera. A gente não sabe até que aconteça, mas o melhor sempre vem. Sempre!

Por Natália Arantes