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terça-feira, 6 de março de 2012

Essa tal Sociedade Hedionda



Estatísticas mostram que a probabilidade do pobre se tornar bandido é maior que outra pessoa qualquer. Mostram também que, aqueles que tiveram menos de 6 anos na escola têm duas vezes mais chances de estarem presos que o restante da população. Esse estudo foi colocado pelo escritor Cristovam Buarque em um artigo em 2007, e termina seu "documento" afirmando o pacifismo do pobre. (Para ler o Artigo Sociedade Hedionda clique aqui).
        É certo que a desigualdade social tem causado cada vez mais a violência, não só mais nas grandes cidades, mas seria generalizar demais dizer que todo pobre vira bandido quando não se tem nenhum propósito de vida. Vemos todos os dias Ongs que ajudam as crianças carentes a crescerem instruídas para um futuro melhor. Claro, isso não é o bastante, mas ajuda a diminuir essa probabilidade de futuro da tal ‘família miserável’.
        O que acontece hoje é o realismo de um povo que tenta a sorte em uma cidade grande,e sem grande sucesso na expectativa de uma vida melhor acabam se instalando em becos, barracos, favelas. Passam uma vida de dificuldade, e surgem dali ‘marginais’ que, em busca muitas vezes por comida dentro de casa, passam a roubar. Ou não. Ás vezes aquele menino que nasceu criado dentro do tráfico  entra no crime porque quer status ou um tênis da nike que o playboy tem. Uma vez assisti a uma reportagem, da emissora não me recordo agora. Era uma matéria sobre a vida na favela. E em entrevista a uma criança de 3 anos, o repórter pergunta:” Qual é o seu sonho?” E o pequeno embrião responde: “Ter uma AK47.” Ei, até meus 18 anos eu não sabia se isso era pra comer ou pra passar no rosto.
        Os pobres brasileiros são pacíficos e vivem esse pacifismo todos os dias. Culpa, talvez, de um método mau criado no passado sem recurso pra cura hoje em dia. E controlar a essa altura do campeonato, acho muito, muito difícil. Meus caros, vamos investir mais na segurança, nos estudos. Vai que o caminho é esse? O retrato de hoje é claro: quanto mais pobre, mais filhos, menos condições de vida. Resultado: crime. O que restou disso tudo é um conformismo absurto e inconsciente. Assistir ao Telejornal uma notícia de pedofilia, estupro ou assassinato já é rotina, não surpreende mais. E se a sociedade financia o crime, de que adiata o governo, ou seja quem for, tentar mudar? Portanto, tomo as palavras de Cristovam Buarque, e digo também "... os pobres são pacíficos, mas a pobreza é uma violência. E mais, é uma fábrica de mais violência."

Natália Arantes

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